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Falta mão de obra em TI
Setor em crescimento oferece cada vez mais vagas para profissionais qualificados
A 20ª Pesquisa Sobre Administração de Recursos de Informática, realizada pela Fundação Getúlio Vargas entre agosto do ano passado e abril de 2009 com duas mil empresas (incluindo 60% das 500 maiores corporações do país), comprova o crescimento do setor de Tecnologia da Informação no Brasil. De acordo com o estudo, 6% do faturamento líquido das companhias foi investido em TI – quase o dobro do investimento feito pelas empresas dez anos atrás.
Recentemente, o IBGE registrou em suas pesquisas sobre emprego que o setor de TI sofreu um aumento no número de vagas da ordem de 40% nos últimos três anos, devido não apenas à expansão econômica e ao uso da tecnologia, como também ao crescimento da exportação de serviços tecnológicos.
Mesmo com todos esses dados favoráveis, as empresas dessa área enfrentam um grande revés: a falta de mão de obra especializada. Para a supervisora de Recursos Humanos da HBSIS, empresa blumenauense desenvolvedora de soluções corporativas na área de TI, existe no mercado um grande número de candidatos, no entanto, com pouca expertise. “Como a tecnologia é ágil, assim são as ambições dos jovens. Cada vez mais, procuram novos conhecimentos e desafios, faltando mergulhar e amadurecer nos processos em que se encontram”, aponta.
Falta mão-de-obra qualificada – Na opinião de Ximena Luengo, a mão de obra qualificada é essencial para as empresas, porque soma novos recursos. Segundo ela, o que diferencia os profissionais são características como conhecimento e maturidade, além do perfil comportamental. “Às vezes o conhecimento e a experiência são bons, mas os comportamentos do profissional são nocivos à equipe, prejudicando o resultado final”, assinala a supervisora de RH. Com uma mão de obra capacitada para cumprir as exigências do mercado, o setor de TI tende a se tornar cada vez mais forte, contribuindo para o fortalecimento das empresas e maior geração de emprego no país.
A influência da crise – Para os especialistas, não foram todas as empresas de TI que sofreram com a crise mundial. “O impacto vem dos projetos que estavam sendo desenvolvidos e o planejamento que a empresa teve frente à crise”, destaca Luengo. Na opinião dela, o momento é de desafio, dentro e fora das empresas. Isso porque o profissional pode contribuir para melhorar o desempenho corporativo e, por outro lado, gerenciar sua carreira com as inúmeras possibilidades que a área de TI oferece.
Números do mercado de TI
– O capital humano representa para a tecnologia da informação 70% de seu desenvolvimento.
– O mercado brasileiro de software e de serviços movimentou, em 2007, US$ 11,12 bilhões, segundo pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes).
– Um levantamento da Catho aponta que será necessário formar 100 mil profissionais para atender a demanda dos próximos dois anos.
Para a Abes, o déficit será de 50 mil técnicos, graduados, especialistas e pós-graduados.
– Filipe Rizzo, da Politec S.A., é menos otimista. Segundo ele, “vão faltar 200 mil profissionais até 2010, 40 mil técnicos – aqueles que têm entre 16 e 24 anos”. Para esse profissional iniciante, são oferecidos, atualmente, salários iniciais de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil.
– A média brasileira é de um computador para cada três habitantes, cenário melhor que a média no resto do planeta – a previsão, em três anos, é que o número chegue a 100 milhões de PCs, ou seja, um a cada dois brasileiros.
Fonte: PRESSE Comunicação Empresarial
Em tempos de crise, sobram vagas para profissionais de TI em diversas áreas
InfoMoney/SÃO PAULO – Em tempos de crise, o número de demissões tendem a aumentar. Porém, para os profissionais de TI, há empregos. “Áreas de desenvolvimento para web, gestão de projetos, designer gráfico, segurança de rede e de servidores são carentes de profissionais qualificados”, destaca o gerente de produtos e tecnologia da S.O.S Educação Profissional, Jorge Ribeiro Júnior.
Na opinião da gerente de Marketing e Produtos do Grupo Educacional Impacta Tecnologia, Rita Cury, profissionais com conhecimento em desenvolvimento de software, arquitetura da informação, redes e telecomunicações podem conseguir um emprego com bastante facilidade.
Ribeiro Júnior explica que, muitas vezes, o profissional de TI tem o conhecimento na prática, mas lhe falta a formação teórica. “Muitos profissionais têm o conhecimento de HTML, por exemplo, porque é autodidata e aprendeu sozinho. Com isso, durante uma entrevista, quando são aplicados testes conceituais, essa pessoa não consegue a vaga. Diante desse cenário, eu tive de fazer um processo seletivo por quase cinco meses, com mais de 80 profissionais, para conseguir encontrar um funcionário com a qualificação exigida para o cargo”.
Para Ribeiro Júnior, um curso superior é fundamental para o profissional que deseja seguir carreira em TI. “Faculdade é essencial, mas é preciso oferecer oportunidade para quem está começando e não tem condições financeiras para fazer um curso superior. Se o profissional tiver, por enquanto, apenas cursos de qualificação e conseguir passar no processo seletivo, por que não contratá-lo?”
Por isso, Rita lembra que, quanto mais cursos de qualificação o profissional tiver, maior será a posição que ele ocupará e, consequentemente, o ganho financeiro. “Qualificações e certificações são importantes para o profissional de TI. A certificação comprova o conhecimento e a experiência de um profissional”.
No entanto, o empecilho para que um profissional tenha uma certificação pode estar diretamente relacionado ao fator financeiro. “O preço de uma certificação em TI é muito elevado, por isso, há profissionais que não fazem este investimento”. Porém, segundo Ribeiro Júnior, quando conseguem as certificações, eles ambicionam um salário melhor, porque fizeram um alto investimento.
Unesp de Bauru abre concurso para Assistente de Informática
O concurso público destina-se ao preenchimento, mediante contratação, do emprego público no cargo de Assistente de Informática II com uma vaga existente. salário é R$ 2.040,42 e é necessário ter Ensino Profissionalizante de Nível Médio.
A inscrição deverá ser efetuada, das 10 horas de 27/07/2009 às 16 horas de 21/08/2009, exclusivamente pela internet – site http://www.vunesp.com.br/.
Secretaria da Fazenda abre concurso para Tecnologia da Informação
A Secretaria da Fazenda está com inscrições abertas até o dia 24 de julho para concurso com 125 vagas de agente fiscal de renda para a área de Tecnologia da Informação.
Os candidatos precisam ter nível superior completo, não sendo necessária formação específica. O salarial inicial é de R$ 6.806,25, mais recebimentos trimestrais de participação de resultados por alcance de metas.
As inscrições podem ser feitas no site www.concursosfcc.com.br
Setor de TI vive momento de retomada, diz consultoria
São Paulo – Para Claudia Barronca, da Topmind, empresas voltam a contratar e demanda é por especialistas SAP, desenvolvedores e gestores de projetos.
Por Andrea Giardino, editora-assistente do COMPUTERWORLD
Após um período de projetos congelados por conta da crise, o setor de tecnologia da informação (TI) volta a esquentar as turbinas. É o que afirma Claudia Barronca, gerente de RH da Topmind, consultoria que atua nos mercados de TI, telecomunicações e recrutamento. De janeiro até junho foi registrado um crescimento de 35% no volume de vagas, com uma retomada maior de abril para cá.
Aos poucos, as empresas começam a tirar da gaveta os investimentos adiados, refletindo na criação de novas oportunidades”, afirma. Entre os profissionais mais demandados, ela cita os ligados a projetos, a soluções SAP e desenvolvimento de sistemas (Java e .Net).
De acordo com Claudia, especialistas SAP continuam bastante valorizados por duas razões: projetos que estão em fase final de implantação e novos módulos que começam a ser adquiridos pelas empresas. “Há uma falta de gente que domine essas novas versões, por isso enfrentamos dificuldade em encontrar mão-de-obra”, explica.
Também há uma busca grande, segundo Claudia, por profissionais com experiência em tecnologias mais antigas, a exemplo das linguagens Cobol e Delphi, além dos tradicionais Mainframes. “Nesses casos, dificuldade é imensa e o trabalho de recrutamento é intenso”.
A gerente de RH da Topmind destaca a mudança dos perfis exigidos pelas companhias nos processos de contratação. Há uma preferência por profissionais multitarefa, que tenham competências além do escopo técnico. “Esse é um pré-requisito que tem se tornado cada vez mais forte, juntamente com as características comportamentais”, diz.
A postura do profissional de TI hoje, observa Claudia, mudou bastante nos últimos cinco anos. “No passado, as habilidades interpessoais não era tão evidentes”, ressalta. Agora, o foco é exatamente em pontos como capacidade de trabalhar em equipe e proatividade. “Diante de equipes mais enxutas, as empresas têm necessidade de que suas equipes consigam interagir melhor com outras áreas”.
Mercado de TI está mais exigente na hora de contratar
São Paulo – Pesquisa da Impacta aponta que 31% dos entrevistados possuem curso superior, 37% pós-graduação e 94,6% dominam o inglês.
Por Redação do COMPUTERWORLD
08 de julho de 2009 – 08h59
Apesar do déficit de profissionais qualificados, o mercado de tecnologia da informação (TI) está mais exigente em seus processos de seleção. Ou seja, as empresas dão preferência a quem tem graduação, fluência em um ou mais idiomas e certificações de peso.
Esta é a conclusão de uma pesquisa encomendada pela Impacta Tecnologia, centro de treinamento e certificação em TI, à MBI Mayer&Bunge Informática, que ouviu 100 empresas de diferentes segmentos. De acordo com o levantamento, um dos principais indícios é o perfil dos profissionais que estão nos quadros das companhias.
A maioria dos entrevistados (75,8%) atua na área há mais de dez anos, 31% possuem curso superior e 37% pós-graduação. Uma importante evolução foi constatada em relação ao número de profissionais com apenas o ensino médio. Hoje esse percentual é de apenas 6%.
Em relação ao número de empresas em que os profissionais atuaram ao longo de suas carreiras, o estudo mostra que 65,8% dos participantes passaram por duas ou cinco, no máximo, enquanto 21,5% deles estiveram empregados em uma única companhia.
Quanto ao domínio de línguas estrangeiras, o inglês é líder com 94,6%, seguido do espanhol, por 40,9%. O italiano figura em terceiro lugar, com 5,4% seguido pelo francês, com 4,7%, e pelo alemão, com 2%.
Sobre o tempo de uso da Internet no trabalho, metade dos profissionais utilizam a web mais de quatro horas por dia. “O setor de tecnologia evoluiu muito nos últimos anos no Brasil, embora o número de novos especialistas ingressando no mercado de TI não tem sido suficiente para suprir o déficit de mão-de-obra no setor, que chega a 100 mil profissionais”, afirma Celio Antunes, presidente do grupo Impacta Tecnologia.